Professores e servidores da UFPB e do IFPB convocam imprensa para café da manhã e entrevista coletiva nesta quinta-feira (13)
Professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Instituto Federal de Tecnologia (IFPB) convidam toda a imprensa para um café-da-manhã, seguido de entrevista coletiva, nesta quinta-feira (13). A atividade será a partir das 9h30, na sede do Sindicato dos Professores da UFPB (Adufpb), localizada no Centro de Vivência do campus I, em João Pessoa. A coletiva está marcada para começar às 10h.
O objetivo da atividade é explicar os motivos da continuidade da greve das categorias e os próximos passos do movimento. Na UFPB, os servidores técnico-administrativos pararam as atividades no dia 11 de março, e os professores, em 3 de junho. No IFPB, as duas categorias são representadas pelo mesmo sindicato e iniciaram a greve no dia 3 de abril.
Em negociação com o governo desde maio de 2023, os trabalhadores da educação federal vêm buscando há mais de um ano o diálogo e oferecendo estratégias para um acordo justo. Na última mesa de negociação, os professores representados pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino) reduziram de 7,06% para 3,69% o aumento solicitado para 2024.
O governo, por outro lado, se mostra irredutível na proposta de reajuste zero para este ano e utiliza “jogos de números” para confundir a opinião pública. Ao afirmar que está oferecendo um aumento de 46,5% aos professores, ele esconde que a proposta foi, na verdade, de aumentos distintos por classes da carreira, e que o percentual máximo vai incidir numa parcela muito pequena da categoria. Uma parcela maior será penalizada com aumentos até inferiores às propostas iniciais do governo.
Sindicalistas criticam fala de Lula
Esta semana, uma fala do presidente Lula repercutiu negativamente no movimento. Em reunião com os reitores, Lula disse que os sindicalistas deveriam saber a hora de recuar nas suas reivindicações e acatar acordo sob pena do movimento terminar por inanição. Rafaela Prado, uma das coordenadoras gerais do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), destacou que foi infeliz a fala do presidente, porque a greve não é somente pela pauta econômica, mas também para tentar obter do Governo mais orçamento para a Educação.
“Valorização da Educação perpassa pela infraestrutura, pelo investimento para a permanência dos alunos, e tudo isso passa pela valorização e respeito aos profissionais das universidades e institutos federais. Para isso, as nossas reivindicações contemplam, além da reestruturação das carreiras, reajuste digno que inclua os aposentados e pensionistas, a jornada de 30 horas e a recomposição salarial para 2024”, justificou Rafaella. Ela acrescentou que, sem o atendimento dessas reivindicações, fica improvável um final para a greve.
Novas negociações
Os sindicatos continuam abertos à negociação, e, na próxima sexta-feira (14), o Andes, que representa os professores de 62 Instituições Federais de Ensino em greve, inclusive a UFPB, vai participar de uma nova mesa de negociação com o governo. “Desta forma, estamos convidando a imprensa para uma coletiva na quinta-feira para que possamos explicar por que nossa categoria continua em greve e qual a nossa expectativa para essa próxima negociação”, explica o secretário geral da Adufpb, Fernando Cunha.
Na oportunidade, os comandos de greve dos professores e dos servidores técnico-administrativos também poderão falar sobre a recente decisão do Consepe (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) de suspender o calendário acadêmico na UFPB em razão da greve. A coletiva está sendo organizada pela Adufpb, pelo Sintespb e pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintefpb).
AGENDE-SE
Coletiva de imprensa com os comandos de greve dos professores e servidores da UFPB e do IFPB
Data: quinta-feira, 13 de junho
Horário:
- Café da manhã – 9h30
- Coletiva – 10h
Local: Sede da Adufpb, no Centro de Vivência do campus I, em João Pessoa
Fonte: Ascom ADUFPB