CUT-PB convoca para a mobilização dessa sexta 31 de março com o objetivo de construir as bases de uma greve geral capaz de frear as barbáries que estão sendo impostas ao povo brasileiro
Com a oficialização do Projeto da terceirização, aprovado no dia 22 de março de 2017, denominado a Lei do Bico, que está prestes a ser sancionada pelo presidente golpista, Michel Temer, os trabalhadores e trabalhadoras sentirão na pele uma das maiores tragédias para a classe trabalhadora desde a ditadura militar, o fim dos direitos trabalhistas. Na resistência contra essa onda de retrocessos que se amplia com a proposta das Reformas da Previdência e Trabalhista, a Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) convoca todos e todas para o Dia Nacional de Mobilização, nessa sexta, 31, que em João Pessoa, tem como local de concentração o Lyceu Paraibano, a partir das 15:00 h.
De acordo com o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, os trabalhadores e os movimentos sociais precisam estar mobilizados para essa luta. “Estamos vivendo um dos piores ataques ao povo brasileiro e temos que mostrar que só a luta é capaz de barrar esse retrocesso. Com a mobilização podemos impedir esse processo trágico de retirada de direitos, que visa exclusivamente prejudicar o mais pobre e a classe trabalhadora, que será precarizada ainda mais ao ser transformada num terceirizado, sem nenhum direito trabalhista. Não podemos aceitar isso, temos que resistir e enfrentar esses ataques”, alertou.
Catacumbas – Resgatado das catacumbas, o projeto que liberou a terceirização sem limites, PL 4302/1998 faz parte da pressão dos empresários para afrouxar a legislação trabalhista e eliminar obrigações previstas na Consolidação das Leis Trabalhista, a CLT. A consumação desse ataque à classe trabalhadora depende agora somente da sanção do presidente sem voto Michel Temer.
Encaminhado ao Congresso pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1998, desde que o Projeto de Lei foi retirado dos arquivos fantasmas da Casa, a CUT tentou incansavelmente impedir a tramitação junto a outras centrais sindicais, buscando sensibilizar deputados e deputadas dos nefastos prejuízos à classe trabalhadora.
Um documento lançado em fevereiro deste ano pela CUT e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), aponta que os terceirizados ganham 25% menos, trabalham quatro horas a mais e ficam 2,7 anos a menos no emprego quando comparados com os contratados diretos. A publicação, intitulada Terceirização e Desenvolvimento, Uma Conta que Não Fecha, afirma que a medida favorece ainda situações semelhantes à escravidão. FONTE: CUT PB