Mesa redonda sobre enfrentamento da violência promovida pelo SINTESPB reúne PM, Ministério Público e Direitos Humanos
Enquanto aguardavam as negociações e avaliação do Comando Nacional de Greve da FASUBRA em Brasília, os servidores técnico-administrativos da UFPB, que estão com suas atividades de trabalho paralisadas há mais de três meses, participaram nesta segunda-feira, dia 31 de agosto, de uma programação diferente, elaborada pelo CLG do SINTESPB: discutir a escalada da violência na Paraíba.
Uma mesa redonda, que reuniu representantes da Polícia Militar, Ministério Público e Comissão de Direitos Humanos da UFPB, levantou os problemas e as nuances que envolvem a violência e apresentou propostas para combater o índice de criminalidade no Estado e particularmente em João Pessoa.
O evento foi aberto pela presidenta do SINTESPB Marizete Figueiredo que convocou os palestrantes convidados para a mesa de discussão e deu as boas vindas. Atuaram como debatedores o Comandante do Policiamento da Região Metropolitana, Cel Lívio Sérgio Delgado, o diretor do Centro de Educação, Cel. Marcos Alexandre Sobreira, e o Cel. José Anchieta, do Comando da Polícia Montada, vinculados ao Gabinete do Comando Geral da Polícia Militar da Paraíba; o representante do Ministério Público, promotor Marinho Mendes; a vice-presidente do Conselho de Direitos Humanos da UFPB, que representou a Reitora Margarethe Diniz e a Diretora Jurídica do SINTESPB Marina Torres. O vice-presidente do SINTESPB, Severino Ramos, mediou os trabalhos.
À diretora do SINTESPB, Marina Torres, coube falar sobre questão da violência de gênero, cujo índice na Paraíba ainda é muito elevado. A Professora Wilma Mendonça fez uma retrospectiva da violência desde a época escravocrata até os dias de hoje e colocou sua experiência na luta em defesa dos Direitos Humanos. Os representantes da Polícia Militar apresentaram o trabalho que ora vem se desenvolvendo para combater a violência e defenderam os números divulgados pelo Governo do Estado que registram redução de homicídio na Paraíba. Já o promotor Marinho Mendes contestou os dados que referem-se a diminuição da violência na Paraíba, denunciou ainda que não há investigação para a elucidação dos crimes e um planejamento eficaz visando prevenir e combater a onda de violência instalada hoje na nossa sociedade.
Após a explanação dos palestrantes, começou o debate com o plenário, que foi caloroso e os presentes tiveram a oportunidade de também se posicionar a respeito os vários temas relacionados a proibição do porte de arma, a redução da maioridade penal entre outros assuntos polêmicos, a exemplo do papel nocivo desempenhados por alguns programas de rádio e TV, que contribuem mais ainda para aumento da violência.
No final do evento foram apresentadas propostas para serem encaminhadas às autoridades competentes no âmbito local e nacional. Entre os encaminhamentos constam projeto para ser enviado ao Congresso Nacional proibindo o porte de arma de fogo, projetos estruturantes nas comunidades, através de ações sociais; e caracterizar a corrupção como crime hediondo.
Todos os debatedores foram unânimes em elogiar o SINTESPB pela iniciativa de promover um debate em alto nível sobre um tema que aflige toda sociedade. O SINTESPB vai sistematizar tudo que foi discutido e sugerido para elaborar um documento e enviar às autoridades.