NOTA POLÍTICA: Sintespb insiste em busca de acordo para reposição de dias de paralisação
Os servidores técnico-administrativos do Campus I da UFPB, em assembleia geral convocada pelo SINTESPB no dia 30 de setembro, aprovaram por unanimidade a adesão à Greve Nacional de 48 horas da Educação, que ocorreu nos dias 02 e 03 de outubro. A paralisação teve como pauta a denúncia dos cortes da Educação, em especial das universidades federais, e o repúdio ao projeto do MEC para sua privatização, o Future-se.
A referida paralisação, organizadas por entidades nacionais como Fasubra, Andes, UNE, ANPG, SINASEFE e FENET, foi mais uma batalha da guerra empreendida contra os cortes de verbas anunciados no fim de abril pelo MEC e que ameaçava paralisar as universidades e institutos federais a partir de setembro.
Nossa categoria esteve na linha de frente deste processo de luta, construindo junto com ADUFPB, DCE UFPB e demais entidades os gigantescos atos do 15M e 30M, a Greve Geral de 14/6, a Paralisação Nacional de 13/8 e por fim os dois dias de Greve da Educação.
O resultado desta luta que colocou centenas de milhares de pessoas nas ruas por todo o país em defesa da Universidade Pública, e teve uma grande contribuição para o crescimento dos índices de rejeição do Governo Bolsonaro, foi que agora no mês de outubro o MEC foi obrigado a recuar e anunciar a devolução de parte dos recursos. O dia antes da Greve de 48 Horas, o MEC anunciou o descontingenciamento de parte das verbas e logo após nossa última paralisação o governo anunciou o desbloqueio de todo o recurso de custeio. Com isso, foi possível à UFPB garantir a continuidade do calendário letivo 2019.2.
No entanto, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas insiste em penalizar nossa categoria por defender a UFPB, exigindo dos servidores técnico-administrativos da UFPB, com base em parecer da Procuradoria, a reposição das horas dedicadas pela categoria à defesa da sobrevivência da própria instituição, quebrando o entendimento firmado com o SINTESPB em audiência com a reitora Margareth Diniz no dia 26 de setembro. Naquela ocasião, foi acordado com o SINTESPB a assinatura de um termo de compromisso para reposição do serviço represado, sem necessidade de repor as horas.
Diante da proximidade do fim do mês e visando a atenuar o impacto sobre nossa categoria da necessidade de repor as horas paralisadas, nos posicionamos pela celebração de um termo de reposição das horas de paralisação de forma parcelada: com a jornada de oito horas na UFPB, os servidores são obrigados a permanecer no local de trabalho por no mínimo nove horas; com a necessidade agora de compensar os dias de folga dos dias de recesso de fim de ano, os mesmos já vão ser obrigados a fazerem várias horas extras se quiserem aproveitar esse período para o descanso com suas famílias; e ainda ter que compensar os dias de paralisação é extremamente desgastante. A UFPB não pode querer castigar quem luta por ela!
Aguardamos então o agendamento de uma nova audiência com a Reitora o mais urgente possível para que possamos resolver esse problema e outros do interesse da categoria.