Servidores do HULW pressionam Reitoria contra a cessão à EBSERH; reunião com MPF amanhã pode definir questão
O SINTESPB se mantém alerta para a luta dos servidores pertencentes ao Regime Jurídico Único lotados no HULW contra a cessão compulsória à EBSERH. Ontem, a pedido do sindicato, a Reitoria da UFPB recebeu novamente os trabalhadores e seus representantes para reafirmar a posição contrária à medida administrativa.
Além de servidores do HULW e coordenadores do SINTESPB, participaram da reunião o reitor Valdiney Gouveia, a pró-reitora de Gestão de Pessoas, o procurador da UFPB e representante do HULW. A reunião contou ainda com representantes de entidades de classe como o Conselho Regional de Serviço Social e Sindicato dos Enfermeiros.
O assessor jurídico do SINTESPB, Ivamberto Carvalho, defendeu que não existe necessidade nenhuma da cessão, basta a administração apresentar uma solução para o controle de ponto dos trabalhadores, questão que suscitou a recomendação do Ministério Público Federal.
O reitor relatou que a portaria de cessão só pode ser revogada a após se chegar a um consenso com o MPF. Ele destacou que não quer prejudicar nenhum servidor, mas que se precisa encontrar uma solução que atenda ao interesse de todas as partes. Ele defendeu que, na reunião com o MPF marcada para esta quarta-feira (10), às 14h, todos falem uma mesma língua. “Estejamos afinados com o propósito de solucionar o problema”, disse.
O procurador da UFPB, Carlos Mangueira, ressaltou que o Ministério Público vem demonstrando sensibilidade com essa questão e acredita que haverá um acordo. Já a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Rita de Cássia de Faria Pereira, declarou buscar medidas alternativas. “Mas temos que apresentar uma proposta ao Ministério Público”, ressaltou.
Por sua vez, os servidores e servidoras da UFPB que trabalham no HULW foram unânimes em rechaçar a cessão. “Não estamos discutindo cessão, discutimos a não cessão. Queremos saber o que vai acontecer com a gente quando dissermos que não queremos, para onde iremos. Isso está provocando ansiedade e adoecimento”, destacou uma servidora do HULW.
A maioria dos servidores da UFPB que trabalham no Hospital Universitário Lauro Wanderley já se manifestou contra a medida. O SINTESPB dispõe de abaixo-assinado, ainda em andamento, no qual já constam 351 assinaturas.
REUNIÃO COM MPF
A decisão sobre essa polêmica deverá sair da reunião prevista para amanhã (quarta-feira), às 14h, no Gabinete do reitor, com o Ministério Público Federal. Após a reunião de ontem, ficou combinada a presença do SINTESPB e outras entidades de classe para representar os interesses dos servidores na conversa.
Texto e foto: Lucia Figueiredo