SINTESPB procura Reitoria da UFPB para discutir cessão de servidores a ministérios
A direção colegiada do SINTESPB esteve em audiência com o professor Valdiney Gouveia, na manhã desta segunda-feira (18/9) para discutir a situação dos servidores técnico-administrativos da UFPB que foram requisitados para integrar os ministérios do Governo Lula. A Reitoria tem sistematicamente negado os pedidos de cessão de TAEs para compor as equipes ministeriais.
A comitiva, formada pelos coordenadores Alex de Souza, Ednaldo Costa, Glaucia Viñas, Marcelino Rodrigues e Rafaella Meira Prado, esteve presente no gabinete da Reitoria acompanhando servidoras que procuraram ajuda do sindicato com o pleito, que envolve cerca de 10 servidores.
O SINTESPB levantou que, de janeiro a junho, período em que o governo federal estava montando as equipes ministeriais, respaldado pela Medida Provisória 1154, foram requisitados 24 servidores, sendo 12 docentes e 12 TAEs, e todos os pedidos dos professores foram acatados prontamente, enquanto apenas um pedido de TAE foi autorizado. Apenas quem ingressou com ação na justiça federal ou com pedido de liminar teve o pleito reavaliado posteriormente.
De acordo com Gouveia, a medida foi tomada porque a universidade se encontra com a força de trabalho reduzida e com baixo quantitativo de servidores e que a liberação dos professores foi autorizada porque há a previsão de reposição das vagas por concurso para substituto, o que não seria possível com servidores técnico-administrativos.
A comitiva do SINTESPB argumentou que a medida era injusta com os servidores, uma vez que a requisição dos ministérios envolvia poucas pessoas e que a ida destes trabalhadores para a equipe ministerial poderia representar ganhos institucionais futuros para a universidade, pela experiência adquirida e pela rede de contatos que esses servidores construiriam nos ministérios.
Também se falou na diminuição do interesse pela carreira administrativa na educação federal, entre outros fatores devido à baixa remuneração, e como isso vinha dificultando a manutenção do efetivo de servidores na universidade. E que, com esta medida, a UFPB penaliza aqueles servidores que escolheram continuar na carreira, impedindo-os de contribuir com o esforço pela reconstrução do Estado brasileiro que a recriação dos ministérios promove.
Após as colocações dos servidores e dos representantes do SINTESPB, o professor sinalizou positivamente com a possibilidade de mudança de posição em relação a estes casos. Para isto, ficou acertada uma nova reuniãna prócima segunda (25/9), desta vez com representantes da PROGEP, para reavaliar a decisão e chegar a um acordo sobre o pleito dos servidores.
O SINTESPB esteve em reunião com a comissão dos TAEs envolvidos na questão na quinta (21/9) para elaborar uma contraproposta.